Para que não venham certos apedeutas dizer que sou preconceituoso, vai aqui uma notícia sobre uma ótima descoberta da ciência ao menos para o mundo crental. Na verdade, um estudo comprovou o que eu pelo menos já imaginava, mas sempre é bom confirmar.
O que acontece é que descobriram, ao contrário do que muitos ateus pensam, que os religiosos não são burros a princípio, embora haja muitos que são e uma outra parcela também enorme se finja de idiota principalmente quando vai debater. O que os diferencia de nós que não temos fé é a forma com que aprendem a pensar. Vejam o artigo para mais detalhes.
O tipo de pensamento influencia o quanto as pessoas tendem a ter crenças religiosas. Este é a conclusão de um estudo publicado nesta quinta-feira no periódico científico Science.
No trabalho, Will Gervais e Ara Norenzayan, da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, descobriram que ao pensar de forma analítica em vez de intuitiva, as pessoas tendem relatar que acreditam menos em Deus.
Nos últimos anos diversas pesquisas buscaram entender os motivos da falta de crença religiosa. Gervais e Norenzayan criaram uma série de experimentos para tentar entender também o outro lado da moeda. “Há muito tempo cientistas se interessam por religião, por entender por que a nossa espécie tem crenças religiosas e nenhuma outra parece possui-la. Como psicólogos, tentamos entender os aspectos que levam as pessoas a ter fé. Neste processo também temos de levar em conta que há provavelmente mais de meio bilhão de pessoas no mundo que não tem nenhum tipo de crença religiosa. Ou seja: o que tentamos entender é por que certas pessoas têm crenças religiosas e outras não”, afirmou Gervais em podcast disponibilizado pela Science.
Em uma série de experimentos eles demonstraram que ao induzir, mesmo que de forma sutil, o pensamento analítico, as pessoas tender a diminuir suas crenças religiosas ao serem testadas sobre o tema logo após o experimento. Em um deles, os pesquisadores mostraram, por exemplo, a figura da escultura “O Pensador”, de Auguste Rodin, na qual uma pessoa aparece em posição de reflexão; noutro, um jogo de palavras cruzadas com termos como “pensar”, “ponderar”, “racional”.
O resultado foi que as pessoas que foram induzidas a pensar de forma analítica a partir dessas “dicas” relataram uma diminuição na crença religiosa comparado ao que não a receberam.
A influência do pensamento analítico não é única responsável pela crença religiosa, segundo os pesquisadores. “Quero enfatizar que embora afirmemos que o pensamento analítico seja uma fonte de descrença religiosa, não estamos dizendo que seja a única. Há também outros fatores culturais que dentro de um certo contexto podem ser fonte de descrença religiosa e também outros fatores cognitivos” , afirmou Gervais.
Essa falta de crença religiosa pode emergir também “de déficits específicos no processo intuitivo que levam à representação dos conceitos religiosos..., de contextos culturais seculares nos quais falta o conceito de que uma pessoa deva adotar uma crença religiosa específica, e de sociedades que efetivamente garantam a segurança existencial de seus cidadãos”, escrevem os autores no artigo.
Essa parte foi a que mais me chamou a atenção. Realmente, vivi algo parecido, pois vivi entre pessoas que pressionavam para que escolhesse uma religião e achavam (e ainda acham) estranho o fato de eu não acreditar em nada, não ser religioso. Fico me perguntando o quanto certas conclusões ficam falseadas por haver aqueles que não assumem não acreditar em nenhuma divindade ou mesmo que tenham dúvidas.
Levemos em consideração o fato de que mesmo em pesquisas anônimas, muitos acreditam na máxima que "Deus está vendo" e assim acabam respondendo sem total sinceridade.
Nos últimos anos, diversas pesquisas tem estudado também a influência das crenças religiosas sobre a vida diária das pessoas. Um deles, liderado por Michael Inzlitch, da Universidade de Toronto, no Canadá, mostrou que acreditar em Deus ajuda a bloquear a ansiedade e diminui o estresse.
Fonte: Ig Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Leiam as Regras e entendam-nas antes de comentar.