Geralmente gosto de conversar sobre temas polêmicos. Na verdade, gosto de religião e um pouco de política. Futebol eu não suporto. E não entendo qual é a graça de ficar uma hora e meia olhando para 22 marmanjos correndo atrás de uma bola, mas já estou me dispersando.
O que ocorre é que mais uma vez entrei em uma conversa sobre religião e veio a irritante pergunta, entre muitas outras que foram bombardeadas: como eu explicaria as psicografias nas quais aparecem etalhes do morto que somente a família saberia? E é claro que isso não poderia deixar de ser acompanhado de um "eu já vi isso acontecer, aconteceu com um amigo meu".
Inicialmente, muitos se assustam quando respondo que não explico esse tipo de coisa. Logo dizem que eu não deveria duvidar e isso acaba me irritando mais e mais. É chato explicar o tempo todo que o fato de não saber explicar um caso concreto não o torna válido. Também é maçante ficar o tempo todo dizendo que é preciso analisar os casos concretos com cuidado e na falta de informações mais detalhadas, é melhor não arriscar uma explicação.
Já ia me esquecendo de mencionar que os defensores do espiritismo logo citam Chico Xavier para TENTAR dar alguma validade para as psicografias e para as obras psicografadas. Vou adiantando que no tocante aos livros, não vi nada neles que não pudesse ser criado por uma mente fértil, sem a ajuda de homens invisíveis ditando para o suposto médium. O fato de milhões terem caído nessa não faz com que essa história dos fantasminhas seja verdadeira.
Mas vamos organizar os pensamentos aqui: vou falar um pouco sobre o que acho dos vários relatos sobre psicografias, senão teremos um texto por demais confuso.