Este é um texto que eu havia postado no antigo blog. Particularmente, é meu preferido. Depois de muito tempo procrastinando, resolvi me meter a colocá-lo aqui de novo.
Vamos então entrar no mundo das quatro dimensões e da própria origem do universo, ainda que haja alguns que digam que nada disso aconteceu de verdade e cheguem até ao cúmulo de alegar que o Big Bang é "apenas" uma teoria.
Bom, leiam e julguem por si próprios. Pessoalmente, acho essa "teoria" muito mais plausível do que um velho barbudo em eterna TPM, um carpinteiro pregadão que foi pego para cristo e um homem-pássaro com crise de identidade.
Aviso: o artigo é extenso e vou preservar a forma do site original, em várias páginas. Também tomei a liberdade de copiar as figuras para que ficasse o mais fiel possível ao formato original.
Se quiser sacudir os seus neurônios cerebrais adormecidos, leia as linhas abaixo lentamente, com muita atenção. Talvez isso faça você desejar compreender as idéias básicas da melhor teoria que temos hoje para explicar o início e a evolução do Universo. Mas lembre-se de que as páginas a seguir têm uma densidade de informação mais alta que a média e devem exigir um tempo maior para o entendimento de cada uma de suas frases. Portanto, não leia apenas; feche os olhos a cada passo e procure formar imagens que facilitem a sua compreensão. Ponha a parte lógica da sua mente para funcionar e não vá adiante enquanto não eliminar todas as dúvidas. O prêmio pelo seu esforço será um novo modo de perceber as coisas do mundo.
Imagine uma época do passado remoto, há bilhões de anos, muito antes do nascimento da Terra, do Sol e da Via Láctea. Imagine também o espaço cósmico primordial, escuro e frio, de volume infinito, totalmente vazio, exceto por um único lugar, uma região extremamente pequena onde repousa a semente da Criação. Aquele ponto diminuto, de temperatura e pressão enormes, sofre algum tipo de perturbação interna e detona subitamente numa grande explosão, criando a matéria. Esta é lançada em todas as direções e forma uma esfera que ocupa cada vez mais lugar naquele espaço vazio e infinito anteriormente existente, organizando-se até chegar à configuração peculiar e menos densa que observamos atualmente. O centro do Universo é o local onde ocorreu a explosão e corresponde ao centro da grande esfera de galáxias em expansão que vemos hoje. Se pudéssemos viajar livremente pelo espaço e dispuséssemos do tempo necessário, conseguiríamos visitar aquela misteriosa região onde tudo começou. Por outro lado, as galáxias da periferia da esfera avançam velozmente para o vácuo infinito que se apresenta à sua frente. Se algum ser inteligente vive em uma delas, percebe que só existem galáxias numa metade do céu. Com essa constatação, ele raciocina e deduz que, quando ele olha para o centro da metade escura e vazia do espaço, vê o ponto para onde sua galáxia se dirige, e, quando olha para o lugar oposto, bem no meio da região das galáxias, vê o ponto de onde sua galáxia se afasta, centro do Universo material, onde ocorreu a explosão.
Tudo bem até aqui? Visualizou direitinho? Ótimo! Então preste muita atenção, porque, se a descrição que você acabou de ler for parecida com a imagem mental que você tem do Big Bang, você faz parte de uma grande maioria que ainda NÃO entendeu o que ele significa, porque ele tem bem pouco a ver com o que está escrito no texto em destaque.
Para superar isso e se preparar para ler artigos ou livros sobre Cosmologia, você vai ter que exercitar, e muito, sua imaginação. Vamos fazê-lo por etapas que devem ser seguidas na ordem apresentada:
III - Um universo no plano
VIII - Torcendo um universo 3D
XII - Criando um universo 2D
XIII - Criando um universo 3D
XIV - Uma dimensão diferente
Muito boa essa sua lembrança de republicar esse artigo. Também é o meu preferido, junto com o Guia das falácias. Daniel, Curitiba-PR.
ResponderExcluirEstava procurando esse texto do site antigo e não achava de jeito nenhum...
ResponderExcluirainda bem que colocou de novo! Ele é muito bom!
Que bom que esse artigo agradou. Também é meu favorito aqui no blog. Pena que não seja o campeão de audiência. Não esqueça também de dar sua opinião na última postagem para decidir o novo formato.
ExcluirParabéns pela iniciativa de republicar esse excelente artigo do prof. Silvestre. O site dele anda fora do ar, uma pena.
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