Estava eu lendo as notícias do dia entre uma obrigação e outra quando me deparei com uma que de cara me fez ficar feliz da vida. Pena que a sensação de "dèjá vu" logo se apoderou de mim e em seguida, ajeitei a barba e depois de ler com mais atenção, minha felicidade logo acabou.
Quero dizer, não é que eu tenha ficado triste, mas a conhecida sensação que meu mestre ensinou que se chama "ceticismo" apareceu e então me lembrei da frase "use-a com sabedoria, jovem Gafanhoto".
Bricadeiras à parte, digo que ainda me anima qualquer notícia que nos faça ver como nossos companheiros animais são inteligentes e tudo que possa contribuir para que eles ganhem um maior respeito de nossa parte é animadora por si só. Acontece que ainda que eu concorde que os animais devam der tratados com todo o respeito merecido, que esse respeito venha das razões certas e não de enganos, conscientes ou não.
Antes que venha uma multidão querendo me malhar, vou avisando que não acho que o dono dos cachorros da notícia esteja tentando enganar alguém. Pode ser que ele tenha caído no mesmo engano que o treinador de um certo cavalo chamado Hans há cerca de um século. Deste falarei depois; primeiro sobre os cachorros alvo da notícia.
Saiu na matéria que o artista plástico Alexandre de Melo de São Tomé das Letras (MG) diz que ensinou dois cães, o labrador chocolate Escher, de 4 anos, e o labrador branco Jack, de 2, a fazerem cálculos matemáticos. As respostas são dadas pelos canídeos através de batidas com as patas dianteiras.