Li esta notícia e mesmo que saia do tema do blog, precisei publicar aqui e comentar. Onde é que esse arquiteto da notícia, Fernando de Mello Franco aprendeu a ser tão imbecil? Pelo que é possível ler nas considerações dele sobre esse novo plano diretor, ele conseguiu o impossível, ser quase tão burro quanto um guardinha da CET (Sim, para mim eles são as criaturas mais estúpidas do planeta).
Se bem que eu já deveria estar acostumado. Vemos aqui em São Paulo uma cidade cheia de problemas e os governantes ao invés de tomar medidas concretas, fazem planinhos como esse para "apagar o incêndio" que até funcionam em um primeiro momento, mas que são um verdadeiro tiro no pé a longo prazo. Haja visto o rodízio, os corredores de ônibus e outras coisas mais.
Vejam a notícia e pensem se a coisa não é bem assim:
O novo plano diretor de São Paulo, que será apresentado hoje pelo prefeito Fernando Haddad (PT), vai incorporar o discurso da atual gestão de limitar o uso do carro na cidade de São Paulo.
Principalmente perto dos grandes corredores urbanos, a lei vai colocar um teto no número de vagas de garagens por empreendimento, ao contrário da legislação atual, que exige mínimo de vagas para a aprovação do condomínio.
"Todo mundo tem direito a ter sua garagem. Mas a ideia é regular pelo limite máximo", afirma o arquiteto Fernando de Mello Franco, secretário de Desenvolvimento Urbano de São Paulo.
Vamos ver se eu entendi. Essa besta cúbica diz que todos têm direito a ter sua garagem, mas que vai haver um limite máximo de vagas nos prédios. Logo, alguns vão ficar sem vagas. O que nos leva à conclusão, babando de felicidade, que nem todos vão ter vagas. Então, ele próprio se contradiz, pois nem todos terão seu direito assegurado... O Capitão Óbvio agradece.
Segundo Franco, "se o mercado [imobiliário] quiser, ele poderá oferecer produtos sem vagas de garagem".
Como se alguém fosse comprar uma porcaria sem vagas de garagem. Pelo menos eu dispenso. Ele pode enfiar naquele lugar do corpo onde o Sol nunca bate.
"Esse é o pacto que está acertado com a sociedade desde as manifestações. Em alguns lugares, será possível limitar as garagens porque o transporte público vai estar nessas áreas".
Que pacto foi esse? Pelo que eu entendi, as manifestações pediam um transporte público de qualidade, não que o governo desse "jeitinhos" de empurrar a população para dentro daquelas latas de lixo ambulantes que eles chamam de transporte público na base do cerceamento de direitos e do constrangimento indireto.
Acho que o pior burro é aquele que se esforça para sê-lo, não aquele que nasce com retardo mental.
A regulação das vagas de garagem é um dos exemplos práticos em que o plano diretor vai tocar. Mas há outros.
A ideia central do novo projeto, que poderá receber contribuições pelos próximos 20 dias para, depois, ser enviado aos vereadores, é levar o emprego para perto da moradia. Ou seja, orientar o desenvolvimento urbano em algumas regiões específicas.
De acordo com Franco, os grandes eleitos são os corredores da Jacu-Pêssego, na zona leste de São Paulo, e avenida Cupecê, na zona sul.
O exemplo dado pelo secretário é direto. Se um empresário quiser construir um prédio comercial, na beira de um dos dois corredores, ele poderá erguer a obra usando coeficiente quatro de aproveitamento do terreno.
Oh, sim. E se esse desmiolado do Franco for bonzinho, Papai Noel vai trazer um brinquedo bem bonito para ele.
Quousque tandem abutere, Catilina, patientia nostra? Quamdiu etiam furor iste tuus nos eludet? Quem ad finem sese effrenata iactabit audacia?
Alguém pode me responder? O que faz essa bestinha pensar que limitando a oferta de transporte para determinadas regiões, serão criadas vagas de emprego por lá? A prática já mostrou "ad nauseam" que a realidade é bem diferente. Já cansei de ver candidatos serem preteridos em empregos por não terem carro, por dependerem de transporte público, o qual é, foi e no que depender dessas porcarias travestidas de políticos, continuará sendo pior que lixo.
Olhe a realidade, por caridade. Os empresários não vão abandonar suas zonas de conforto, vão é dar emprego para quem for da redondeza e que se fodam os que moram longe e não têm como chegar lá.
Para toda a cidade, o coeficiente básico (relação entre o tamanho do terreno e a área da obra) será um.
A cesta de instrumentos que ajudarão a adensar as grandes avenidas ainda tem outros ingredientes.
Os projetos não residenciais com espaços públicos ou comércio no térreo (em vez de muros), dentro dos eixos de desenvolvimento ou a até 200 metros deles, também terão incentivos legais.
Depois de uma má notícia cmo essa, vai aí o recado do Caveirinha para nosso prefeito Haddad (em quem eu não votei) e para o Mello Rego Franco:
Fonte: Folha de São Paulo
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