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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Nova teoria: Células surgiram em poças ao lado de gêiseres e não no mar

Lendo as notícias de hoje, encontrei esta notícia. Até que gostei, mas algo me diz que alguém está se confundindo. Não sei se sou eu, se é o tradutor do artigo ou sei lá quem é. De minha parte, aprendi a tomar cuidado com essas novas teorias que surgem, antes que completem seu ciclo pelo método científico.

O que disse no parágrafo anterior precisa de um esclarecimento, pois muitos se confundem, assim como eu me confundia antes. Os cientistas estão propondo uma nova teoria para a origem da vida, apenas isso. Quero dizer, não exatamente. Digamos que a teoria básica continua a mesma, o que muda é o lugar da origem. Antes era o mar e agora são os gêisers nessa nova proposição.

O problema reside aí. O próximo passo é o artigo ser revisado por outros cientistas e eles farão uma leitura e testes minuciosos. Somente aí é que a nova teoria será aceita, ou melhor ainda, ganhará o status de teoria científica. Por enquanto é apenas uma proposição. Eles apresentaram suas descobertas e vamos ver o que acontece



Assim sendo, não se animem criacionistas e crentelhos. Mesmo que a nova teoria seja invalidada, isso não validará a teoria da criação e muito menos invalida a teoria da evolução. É a vida. Neste caso, volta-se ao que era antes sem mudanças. Vamos então ver o artigo. Como sempre, meus comentários em verde.

O prato da "sopa primordial" ficou bem menor: uma equipe de pesquisadores sugeriu, em artigo científico a ser publicado nesta terça-feira na revista "PNAS", que a origem da vida celular não se deu na vastidão do oceano, mas sim em pequenas poças em terra.

Aqui ele já deixa claro que o foco da discussão é o local e não de que forma a vida se originou.

É consenso entre os cientistas que os seres vivos surgiram da combinação de certos elementos químicos, que produziram os "tijolos" de substâncias orgânicas dos quais eles são feitos.

Esses ingredientes seriam as substâncias químicas dessa "sopa primordial" no mar.

Essa forma de vida primitiva teria se isolado do ambiente, criado um metabolismo próprio para consumo de energia e a capacidade de se reproduzir.

Pesquisadores da área se dividem entre os que acham que o metabolismo surgiu antes e os que acham que a capacidade de replicação veio primeiro.

Uma hipótese popular de um dos defensores do "metabolismo primeiro" foi criada por Mike Russel, hoje no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

Para ele, os precursores da vida surgiram no fundo dos oceanos, ao redor de jatos de água quente que surgem de fissuras ligadas à atividade vulcânica.

"Estávamos bem contentes com a ideia da origem da vida no mar e nossas visões atuais ainda incorporam alguns traços da hipótese de Mike Russell", disse à Folha o principal autor do estudo, Armen Mulkidjanian, da Universidade de Osnabrück, na Alemanha.

Mas os cientistas notaram discrepâncias entre as proporções de certas formas de elementos químicos no interior das células atuais dos seres vivos e em ambientes marinhos e terrestres em geral. É o caso de certos íons, átomos ou moléculas eletricamente carregados.

De acordo com o grupo, a proporção dos íons dentro das células de hoje reflete a composição do ambiente no qual elas se formaram há bilhões de anos.





As células atuais contêm os seus típicos íons graças a membranas impermeáveis a alguns deles e a enzimas que transportam outros para dentro e para fora. Seria muito exagero sugerir que algo tão sofisticado já existisse nas células primitivas.


Essas "protocélulas" devem ter evoluído em habitats com uma alta relação de íons positivos de potássio e sódio e concentrações altas de compostos de zinco, manganês e fósforo, dizem os pesquisadores.


Segundo eles, essas condições químicas não teriam existido em ambientes marinhos, mas são compatíveis com zonas dominadas por vapor de sistemas geotérmico.


A vida teria surgido em discretas poças ao lado de grandes gêiseres, como os do parque Yellowstone, nos EUA, e só depois os oceanos teriam sido colonizados, quando as condições permitiram.


Nota:

Como disse, a forma com que os organismos surgiram não é tão controversa assim como muitos criacionistas querem pintar e o presente trabalho nem de longe invalida a evolução, mesmo que ele seja rejeitado.

Notemos também que é provável que, devido aos milhões de anos que se passaram, nunca venhamos a saber como exatamente a vida surgiu. Também é praticamente improvável (impossível até) especificar o local, pois esses seres unicelulares que foram nossos ancestrais simplesmente não fossilizaram. Assim, o mais provável é que nunca venhamos a saber como realmente foi o surgimento da vida. Pensemos que temos muita sorte em ter fósseis por aí e que os que existem podem corresponder a menos de um milésimo dos seres que já existiram.

Pensem nisso...

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