Esta notícia até seria mais engraçada se não fosse maravilhosa em suas possibilidades. Pode não estar perfeito e a previsão para que chegue a uma escala comercial está longe, mas ele já existe. Um robô que ingere compostos orgânicos e gera sua própria energia a partir deles. E de quebra, elimina o que não precisa na forma de dejetos.
Quem tiver um pouco mais de visão vai entender as infinitas possibilidades desse novo robô. Mas se não entender, sem problemas porque a notícia dá algumas respostas. Pessoalmente, estou louco para ver esse robô por aí reciclando nosso lixo orgânico e prestando um grande serviço para o ambiente.
São coisas como essa que podem nos tirar da enrascada ambiental que estamos, não a abolição de sacolinhas plásticas (facepalm do Árabe).
Deixa pra lá, vamos à notícia. (acabar com as sacolinhas. Francamente...)
Cientistas britânicos desenvolveram um protótipo de robô que precisa ir ao banheiro. O EcoBot 3 é um tipo de máquina autossuficiente que tira energia de dejetos e água que encontra pelo caminho.
Como qualquer organismo, ele precisa expulsar o que poderia ser chamado de "cocô robótico".
Robôs mais tradicionais funcionam com baterias que precisam ser carregadas regularmente e, por isso, precisam de intervenção humana para se manter.
Mas o EcoBot 3, criado no Laboratório de Robótica da Universidade de Bristol, é capaz de gerar a energia que move seus circuitos graças a um dispositivo que converte os resíduos orgânicos em eletricidade com a ajuda de micróbios.
"É algo muito parecido com o que acontece com humanos", disse à BBC Ioannis Ieropoulos, do Departamento de Bioengenharia e Sistemas de Inteligência Autônomos.
"O robô pode consumir qualquer tipo de substância orgânica e um dispositivo com os micróbios [células de combustível microbianas] decompõem essa matéria para gerar a eletricidade necessária para a manutenção do funcionamento", acrescentou.
COMIDA
O cientista também afirmou que o robô EcoBot 3 é capaz de encontrar a própria comida.
Durante os testes realizados em Bristol, os cientistas colocaram comida e água em lugares específicos.
No final da experiência, o robô era capaz de ir buscar seu alimento também em outras localidades.
Desta forma, o EcoBot 3 consegue funcionar sete dias por semana por um período de 20 a 30 anos.
O projeto, financiado em conjunto pelas Universidades de Bristol e West England, já lançou outros protótipos que usavam "alimentos" diferentes.
O EcoBot 1, por exemplo, precisava de açúcar para alimentar um motor com bactérias do tipo E.coli.
O segundo protótipo, EcoBot 2, podia comer frutas e legumes podres, além de restos de insetos.
Mas nenhum destes protótipos era capaz de fazer algo essencial para manter sua autonomia --expulsar os resíduos--, algo que o EcoBot 3 faz dentro de um recipiente.
USOS
Ieropoulos conta que o EcoBot 3 é o "primeiro exemplo de sistema autossutentável".
"Imagine enviar estes robôs a um local onde podem conseguir a própria energia, com missões específicas como limpar um ambiente de substâncias tóxicas, poluição", disse.
A ideia, segundo o cientista, é levar estes robôs para lugares onde os humanos não chegam ou preferem não ir por motivos de higiene ou de segurança.
Os cientistas já citaram, como exemplo, enviar os robôs a esgotos das cidades para limpar entupimentos.
Outra possibilidade é usá-los em explorações marinhas em águas profundas, onde não há luz, mas existem grandes quantidades de biomassa, que poderiam servir de alimento.
Os robôs também poderiam ser levados em missões espaciais. Neste caso, o alimento seria de resíduos de astronautas a bordo da nave.
Mas, como lembra Ieropoulos, o EcoBot 3 ainda precisa de muito trabalho e o objetivo dos cientistas agora é dar uma função específica ao robô.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Leiam as Regras e entendam-nas antes de comentar.