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sábado, 26 de julho de 2014

Terra pode estar no meio de 'onda de extinção', alerta revista 'Science'

Muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), que vive na Mata Atlântica, é um dos animais citados pela 'Science': primata está desaparecendo dos ecossistemas tropicais (Foto:  Pedro Jordano/Science/Divulgação)Voltando depois de algum tempo fingindo de morto, encontrei um texto bem interessante no site do G1. enquanto alguns oligofrênicos ainda TENTAM negar o impacto da atividade humana nas mudanças climáticas, pode ser que estejamos, segundo o texto, caminhando para mais uma grande extinção. Sinceramente, de minha parte ainda espero que algo seja feito e rápido para salvar nosso mundo.

De fato, conforme Carl Sagan disse em seu maravilhoso texto "Pálido Ponto Azul", não é provável que alguém em algum lugar venha nos salvar de nós mesmos. Realmente, se não fizermos nada com urgência, em alguns anos podemos estar em sérios apuros. Sem mais o que dizer, vamos ao texto.


Enquanto o número de seres humanos na Terra quase dobrou nas últimas quatro décadas, o número de insetos, lesmas, minhocas e crustáceos recuou 45%, revelaram cientistas nesta quinta-feira (24). Além disso, a maior perda de espécies selvagens grandes ou pequenas em todo o planeta pode ser uma importante causa da crescente violência e inquietação, destacou outra pesquisa publicada pela revista "Science", como parte de uma edição especial sobre o desaparecimento dos animais.

Na introdução da edição, a revista destaca que a Terra já sofreu cinco grandes eventos de extinção em massa e que, neste momento, podemos estar passando pela "sexta onda de extinção".

Os invertebrados são importantes para o planeta porque polinizam cultivos, controlam pragas, filtram a água e transportam nutrientes no solo.

Entre os animais vertebrados que vivem no solo, 322 espécies desapareceram nos últimos cinco séculos e as espécies remanescentes tiveram um declínio de cerca de 25%, destacou o estudo.

"Ficamos chocados ao encontrar perdas similares nos invertebrados como nos animais maiores, pois pensávamos anteriormente que os invertebrados fossem mais resilientes", disse Ben Collen, da Universidade College de Londres.

Os cientistas atribuem o declínio de invertebrados a dois principais fatores: a perda de habitat e as mudanças climáticas globais.

Extinção e violência

Segundo eles, este declínio planetário de espécies selvagens pode estar provocando mais conflitos violentos, crime organizado e trabalho infantil ao redor do mundo.

As razões para esta intensificação se devem à escassez de alimentos e à perda de empregos, resultando em mais tráfico de pessoas e outros crimes, destacou o estudo, realizado por cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley.

"Este artigo identifica o declínio da vida selvagem como uma fonte de conflitos sociais e não um sintoma", disse o principal autor do estudo, Justin Brashares, professor associado de ecologia e preservação da UC Berkeley.

"Bilhões de pessoas dependem direta e indiretamente de fontes silvestres de carne para seu sustento e este recurso está diminuindo", acrescentou.

O estudo destacou, por exemplo, que o aumento da pirataria na Somália se deveu a disputas sobre os direitos de pesca. "Para pescadores somalis e para milhões de outros, os peixes e os animais silvestres são o único meio de sustento, portanto quando isto foi ameaçado por frotas pesqueiras internacionais, medidas drásticas foram tomadas", afirmou o co-autor do estudo, Justin Brashares.

Os cientistas também apontaram para o aumento do tráfico de presas de elefantes e chifres de rinocerontes como uma evidência da crescente indústria criminal vinculada aos animais ameaçados.

"As perdas de espécies selvagens puxam o tapete de sociedades que dependem desses recursos", afirmou o co-autor do estudo, Douglas McCauley, professor assistente da Universidade de Santa Bárbara.

"Não estamos apenas perdendo espécies. Estamos perdendo crianças, dividindo comunidades e incentivando o crime. Isso torna a preservação de espécies selvagens um trabalho mais importante que nunca", concluiu.

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